Do Norte da Itália, os imigrantes italianos partiram de trem até o Porto de Le Havre, na França.
Em 02/08/1877 o Vapor HENRI IV sai do Porto de Le Havre com destino ao Porto do Rio de Janeiro, o qual chega em 02/09/1877. A bordo se encontravam a família dos irmãos Romoaldo e Giuseppe Ghisi, filhos de Antônio Ghisi e Domênica Pedrazzoli.
Romoaldo Ghisi, 41 anos.
Santa Stefanini, esposa, 40
Maria, filha, 17
Guerina, filho, 11 (Correção: Gherino)
Mauro, filho, 8
Amadeo, filho, 6
Ester, filho, 2
Ignazio, filho adotivo, 11 (filho de Ignazio Ghisi e Adelaide Magnani)
Domenica Pedrazzoli, mãe, 52 (Correção: 62 anos)Giuseppe Ghisi, 39 anos.
Maria Zapellini, esposa, 34
Angela, filha, 7
Adelina, filho, 5 (Correção: Delelmo)
Amabilia, filha, 12Observação: Alguns nomes e idades foram informados de forma incorreta na lista.
Vapor HENRI IV – Relação de passageiros 02091877
Após chegarem no Rio de Janeiro, mudaram de Vapor e vieram até Desterro (Florianópolis). Com destino à Laguna, seguiram embarcados nos paquetes (Pequenas embarcações costeiras) e chegando lá seguiram com grandes canoas fretadas até o Porto de Morrinhos, em Tubarão. Desse ponto, deixaram os barcos e foram até Poço Grande, onde após aguardarem alguns dias nessa região a espera de meios de transporte, seguiram durante 12 dias costeando o Rio Tubarão até Pedras Grandes através de carros-de-bois, também fretados (algumas versões citam que esse percurso foi realizado também de barco). Por fim, fizeram o último trecho até a Colônia de Azambuja a pé, com suas bagagens nas costas e em algumas mulas compradas.
Veja a seguir um vídeo muito legal do Eusébio Pasini Tonetto, que fala sobre essa chegada dos imigrantes.
A Colônia Azambuja foi fundada em 28 de abril de 1877 a partir da primeira Lei Imperial Brasileira de Fomento à Imigração nº 3784/1867 e sancionada pelo Imperador D Pedro II, sendo designado o engenheiro-agrimensor maranhense Joaquim Vieira Ferreira para, junto dos 291 imigrantes italianos vindos da Lombardia, iniciarem o processo de colonização. Juntamente ao engenheiro, chefiavam os trabalhos os catarinenses Manoel Gregório, Manoel Miranda – com o filho Firmo, e Manoel Nazário, que veio com a família de Braço do Norte.
Na foto abaixo observa-se a derrubada inicial da mata e as primeiras casas da Colônia de Azambuja na praça em confluência entre o Rio Cintra e o Rio Pedras Grandes (1877).
Rua Vieira Ferreira (sem data).
Após permanecerem alguns dias em Azambuja, alguns colonos foram levados para os seus lotes nos rios Pedras Grandes, Canela Grande e Armazém. Giuseppe e Romoaldo Ghisi e suas famílias foram para a localidade de Armazém.
Mapa antigo do município de Urussanga.
Mapa do provável caminho entre Azambuja e Armazém.
Junto com os Ghisi também foram as seguintes famílias:
Baesso, Pietro
Bonetti, Domenico
Bonetti, Florindo
Cataneo, Francesco
Carboni, Luigi
Cargnin, Giovanni
Comelli, Ricardo
Dandolini, LorenzoFurlan, Valentino
Furlanetto, Bellini
Librelato, Eugenio
Lotti, Carlo
Minotto, Giovanni
Nicoladelli, Pietro
Negri, Domenico
Orlandi, GiuseppePeron, Pietro
Pigarelli, Giacomo
Sandrini, Angelo
Zanella, Ferdinando
Zanini, Cirillo
Zappellini, Giacomo
Zappellini, Giovanni
Zappellini, GaetanoFontes:
http://telmotomio.blogspot.com.br/2012/09/post-87-imigrantes-da-colonia-azambuja.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Col%C3%B4nia_Azambuja
http://familiadallapegorara.blogspot.com/p/imigracao-italina-no-brasil.html